Foi descoberta em 1462, mas o seu povoamento só aconteceu a partir de 1680, quando uma erupção vulcânica obrigou os habitantes de Fogo a deslocarem-se para esta ilha. Quando foi descoberta, deram-lhe o nome de S. João, no entanto, algum tempo depois, o nome foi alterado devido ao seu aspeto florido, passando a chamar-se "Brava", que significa "selvagem".

Brava é uma ilha de vocação predominantemente agrícola, contudo, a partir dos finais do século XVII houve uma viragem eminentemente marítima e migratória, que ainda hoje se verifica.

Os ancoradouros da Furna e da Fajã de Água desempenharam um papel de relevo no desenvolvimento da ilha. Nesses sítios, os veleiros mercantis americanos, e mais tarde os navios baleeiros, vinham abrigar-se do mau tempo e abastecer-se de água. A incorporação de indígenas nas tripulações dessas embarcações permitiu o conhecimento e familiarização com as rotas e técnicas de pesca da baleia.

Em meados de 1800, Brava possuía a única escola superior do arquipélago e chegou a ser sede provisória do Bispado e do Governo.

A ilha é bastante montanhosa, sendo o Pico das Fontainhas o seu ponto mais elevado, com 976 metros. Inúmeros miradouros permitem apreciar a rica paisagem e os cultivos de regadio, que aproveitam a água proveniente das nascentes. Evidências do passado vulcânico da ilha podem ser apreciadas no Fundo Grande, uma cratera preservada pelo tempo.

Ao longo da costa formam-se inúmeras baías, cujas praias abrigadas permitem aproveitar melhor o sol e o mar. Dos locais de maior interesse a visitar, destacam-se as aldeias com arquitetura de inspiração portuguesa, nomeadamente Fajã de Água, Cova Joana, Furna, Mato Grande ou Cova Rodela.

A sua maior povoação é Vila Nova de Sintra, sede do concelho de Brava, com uma população de cerca de 2 mil habitantes.

Mais informações: www.caboverde.com/ilhas/brava/camara.htm